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Ansiedade, Depressão e o Sentido da Vida

Atualizado: 15 de dez. de 2022

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2017, o Brasil era o país de maior índice de pessoas com Transtorno de Ansiedade. No mesmo ano, a OMS apresentou um relatório sobre a Depressão no mundo.


Estimaram 322 milhões de pessoas afetadas, quase a população dos Estados Unidos, na época. No Brasil, esse mal atingia 11,5 milhões, o que se aproximava do número de habitantes da capital São Paulo. As perspectivas eram de que, em 2030, a depressão fosse a doença mais comum entre nós.



Sempre existiu Ansiedade e Depressão. Relatos sobre essas condições de humor remontam ao período anterior a Cristo.


No entanto, a atual epidemia dos transtornos de ansiedade e de humor é um alerta de que atuais fatores ambientais, sociais e psicológicos não determinam, mas promovem esses transtornos.


Não se pode listá-los como únicos causadores, visto que também há componentes biológicos e fisiológicos envolvidos nesses quadros.


Podemos pensar que o aumento de casos de depressão e ansiedade denuncia fatores inóspitos da sociedade que suscitam adoecimento psíquico. Vivemos em uma sociedade de ideais, de máximos, de excessos. O máximo aproveitamento do tempo, de informação, de dinheiro, de influência, de poder, de lazer, de beleza, de felicidade, de prazer.



Na realidade, esse prazer em si mesmo buscado na conquista desses ideais nunca será alcançado, pois nunca será suficiente.


Naturalmente, em algum momento da vida, as pessoas tomam consciência de que o prazer procurado já não mais preenche. Os estudos, trabalhos, afetos, lazeres já não tem o mesmo sabor. E então irão se questionar sobre seu vazio existencial e seu sentido na vida.


Surge o desespero com a vida. Tédio da vida revela-se. A angústia é grave e, a longo prazo, pode contribuir para abrir quadros de ansiedade e depressão.


Nesse momento, muitas pessoas procuram o psiquiatra porque duvidam do sentido da vida ou porque perderam toda a esperança de o achar. Sente-se completamente frustradas com a própria existência.


Nesse momento é necessário levar a sério a frustração, não procurando, novamente, consolações rasas em que se apoiou toda a vida. É o momento de se questionar com muita coragem: diante da morte minha vida terá algum sentido?


O vazio existencial e falta de sentido na vida são queixas frequentemente abordadas na terapia. O trabalho é de identificar as mentiras que contamos a nós mesmos, as que nos impedem de encarar a realidade como ela é.


Depois disso, é possível tomar atitudes responsáveis diante dos sofrimentos. Reconstruir uma vida com consciência de sentido.


Existe um modo saudável de viver os prazeres que, naturalmente, buscamos, evitando a conversão da vida em uma realidade de vazio existencial: prazer e felicidade não podem ser a meta, mas as consequências da realização de nossas aspirações, daquilo que a vida nos chama.


A que a vida te chama? Como tem respondido aos chamados? É por aí que encontramos sentido…


O futuro está em aberto. Precisamos agir e tomar decisões, portanto, a cada momento arco com a responsabilidade do momento seguinte. Cada momento encerra milhares de possibilidades. Realizo ou desperdiço-as?


Em certa medida, por pequena que seja, o futuro, tanto meu como do que ou de quem me rodeia, depende da decisão que eu tomo a cada instante. Agora, construímos nossa história, nosso futuro, nossa vida com significado.


Saiba mais sobre depressão e ansiedade:


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