Principalmente para os iniciantes, a curiosidade é grande. O friozinho na barriga aparece. Surge o desconforto de contar suas dores para um desconhecido. O medo de olhar pra dentro de si é despertado.
Eu sei como é. Já estive bem aí nesse lugar. Sim, psicólogos devem ir para a psicoterapia.
E então acontecem as negociações internas: “ah, acho que não preciso de terapia”; “exagerei, na verdade, eu estou bem”; “acho que não é pra mim essa coisa de conversar, pois já faço isso com meus amigos e diretor espiritual”; “vou desmarcar a primeira sessão, vai ser pior tocar nesses sofrimentos”.
Coragem. Dê esse passo para cuidar de você. Veja o artigo “Razões para fazer terapia” e entenda por que é o seu momento de começar.
Nas sessões de psicoterapia todos seus problemas e preocupações serão escutados com muito cuidado e sem qualquer julgamento. Não há regra do que falar e de como falar. Vou acompanhar seu ritmo e respeitar o seu tempo. Te questionar sem pressionar e te ajudar a organizar seus pensamentos, seu modo de ver os problemas.
Naturalmente, na primeira sessão você irá falar um pouco sobre você e sobre o que te leva a terapia. É uma conversa que faço de modo descontraído. Farei um grande esforço para te deixar à vontade, pois conheço essa dificuldade.
Nas sessões subsequentes, seguimos com seus relatos sobre fatos do passado, do presente e do futuro. O foco é maior no presente. Te ajudo a enxergar que o ser humano é aquele que tem responsabilidade e liberdade diante da vida. E, diferente do que se pensa em momentos obscuros, há decisões a serem tomadas, há caminhos a serem escolhidos e percorridos.
Minha prática clínica é respaldada na Logoterapia e na Psicologia Tomista. Falo sobre elas nos textos:
Ambas possuem uma visão de que o ser humano é aquele que é capaz de lidar com qualquer sofrimento, desde que nele encontre um sentido. Isso significa que nada te determina e que seu passado não pode condicionar o seu futuro.
Cada pessoa é única, então não há um protocolo fixo para a psicoterapia. Não somos máquinas, portanto tudo é feito de modo espontâneo e personalizado. Vamos dialogar muito, podemos fazer gráficos para entender os contextos, podemos combinar alguma alteração na sua rotina e experimentar técnicas de relaxamento.
É importante entender que psicoterapeuta é diferente de psiquiatra, tá bom? O psiquiatra define diagnóstico e é que pode receitar medicação. Enquanto psicoterapeuta faz parte do tratamento, juntamente com os remédios psiquiátricos, se assim o médico indicar. Se eu percebo necessidade, eu posso te recomendar uma avaliação psiquiátrica. Antes de tudo preciso te conhecer. E você precisa entender que, independente do rótulo de transtorno e de medicação, você é uma pessoa que sofre. Tendo nome ou não, sua dor é colocada na terapia para que seja iluminada pela verdade.
Por fim, entenda que você será o maior responsável pela sua melhora e que precisa se esforçar para cooperar com o processo, atentando-se, principalmente, aos ajustes de comportamento instruídos nas sessões.
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