Santo Tomás de Aquino foi um frade católico do século XIII cujas obras tiveram enorme influência, por exemplo, na teologia, na filosofia e na psicologia, apesar desse termo não existir naquela época.
Os pensamentos de Santo Tomás aplicam-se ao campo do saber psicológico em virtude de sua atenção ao tema da vida afetiva ou emocional. Ele teoriza sobre a relação entre o intelecto e a vontade. Entende que a vontade é orientada pelo intelecto, ou seja, busca aquilo que o intelecto define como bem. Portanto, para que a vontade apeteça o bem, é necessário primeiro que o intelecto aprenda o bem.
Nesse “aprender o bem” se insere a prática clínica da Psicologia Tomista. Assegurada de que o ser humano é orientado para o bem, a verdade e a beleza, a psicoterapia se sustenta em 5 pilares:
Psicoeducação
Ordem nas emoções
Inteligência no centro da personalidade
Relação saudável com a felicidade
Desenvolvimento de virtudes
O hábito gera uma natureza na pessoa. Virtude é um hábito bom, com boa disposição interna. O vício é um hábito ruim. Exemplos de virtudes:
PRUDÊNCIA: Sinceridade. Reta razão ao agir, não é temor exagerado. Disposição a fazer o que tem que ser feito, o que é correto.
JUSTIÇA: Gratidão. Dar ao outro o que é do outro e ser feliz por isso. Amor livre e ordenado.
FORTALEZA: Coragem. Suportar o bem que é árduo, o que é difícil de ser alcançado. Saber sofrer.
TEMPERANÇA: Equilíbrio físico e emocional.
A Psicologia tomista não é considerada uma psicologia católica. Portanto, a psicoterapia não diz respeito a evangelização ou conversão. Apesar disso, seus elementos não são antagonistas à doutrina cristã.
Por fim, entenda que a abordagem pede uma disposição para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. Ela irá te convidar para mudanças. Você pode ser melhor com você mesmo e com os outros. E essa é a sua responsabilidade no processo terapêutico.
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