A ansiedade é uma emoção natural que nos estimula a entrar em ação e é essencial para nossa subsistência.
Em excesso, em vez de nos impulsionar a melhorar, de ter expectativas, de avançar e conquistar espaços antes deixados de lado em nossa vida, transforma-se em aflição, angústia, insegurança, pensamento catastrófico e em constante alerta.
Em vez de nos proteger, nos coloca em um estado de vulnerabilidade aumentada. Podemos ter uma visão distorcida sobre nós, como se estivéssemos em uma situação de perigo que não temos controle ou somos incapazes de enfrentar. Deste modo, interpretamos erroneamente os eventos ou sinais neutros como ameaçadores, acreditando que estes afligem a nossa segurança.
Alguns dos sintomas da ansiedade em excesso podem ser:
inquietação
cansaço
sensação de nervosismo
irritabilidade
tensão muscular
dificuldade de concentração
sensação de mente em “branco”
distúrbios de sono
sudorese
palpitações
falta de ar
medos irracionais e etc.
Esses sintomas de ansiedade patológica combinados tornam-se prejudiciais ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal). Tenha em mente que você pode se identificar com esses sintomas, mas não necessariamente irá receber um diagnóstico de transtorno de ansiedade.
Sua ansiedade pode ser disfuncional e te gerar sofrimento, mas o tratamento não está condicionado à existência de um diagnóstico. O diagnóstico é feito quando há gravidade no sofrimento e no funcionamento social, profissional e em outros âmbitos da vida por meses ou anos.
Os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias específicas, o transtorno do pânico, a fobia social e ansiedade generalizada (TAG). A descrição deles está no artigo “Por que nossa ansiedade se torna disfuncional ou patológica”.
A grande maioria das pessoas apresentam início dos sintomas antes dos 20 anos de idade, desde a primeira infância à adolescência. Em muitos casos, acreditam que a doença é parte da personalidade e, portanto, não procuram tratamento.
Comumente, as pessoas só procuram ajuda quando há presença de outros distúrbios como depressão maior, compulsão alimentar, o uso abusivo de substâncias e outros transtornos relacionados à ansiedade. O tratamento no tempo certo pode conter essas comorbidades.
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